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(Júlio Rodrigues Correia)
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(Júlio Rodrigues Correia)
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6 de abr. de 2012
STABAT MATER (ESTAVA A MÃE...)
Stabat Mater
Em pé, a Mãe dolorosa, chorando junto à cruz da qual pendia seu Filho.
Na sua alma agoniada enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia
Oh! Quão triste e quão aflita entre todas, Mãe bendita, que só tinha aquele Filho.
Quanta angústia não sentia Mãe piedosa quando via as penas do Filho seu!
Quem não chora vendo isso: contemplando a Mãe de Cristo num suplício tão enorme?
Quem haverá que resista se a Mãe assim se contrista padecendo com seu Filho?
Por culpa de sua gente Vira Jesus inocente Ao flagelo submetido
Vê agora o seu amado pelo Pai abandonado, entregando seu espírito
Faze, ó Mãe, fonte de amor que eu sinta o espinho da dor para contigo chorar
Faze arder meu coração do Cristo Deus na paixão para que o possa agradar
Ó Santa Mãe dá-me isto, trazer as chagas de Cristo gravadas no coração.
Do teu filho que por mim entrega-se a morte assim, divide as penas comigo.
Oh! Dá-me enquanto viver com Cristo compadecer chorando sempre contigo.
Junto à cruz eu quero estar quero o meu pranto juntar Às lágrimas que derramas
Virgem, que às virgens aclara, não sejas comigo avara dá-me contigo chorar.
Traga em mim do Cristo a morte, da Paixão seja consorte, suas chagas celebrando.
Por elas seja eu rasgado, pela cruz inebriado, pelo sangue de teu Filho!
No Julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem por ti é defendido
Quando do mundo eu partir daí-me ó Cristo conseguir, por vossa Mãe a vitória
Quando meu corpo morrer possa a alma merecer do Reino Celeste a glória. Amén.
O poema começa com as palavras Stabat Mater dolorosa ("estava a Mãe de luto"), e fala do sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante a crucificação.
fotos: Pietá de Michelangelo
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