"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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21 de jan. de 2012

Não-lugar


'Aqui estou no planeta inteiro, a frente o mar, aos meus pés, ou seria eu aos pés desse oceano? do Mundo? Repensemos o lugar, gosto de lugares nada comuns... a ninguém, modifiquemos, repensemos os lugares, pois o próprio mar balança, revolto, troca espumas e bate diferente a cada vez em meu corpo, em meu coração. Tudo é camaleão, se transforma, renasce se o vemos com olhos diferentes. Mas todo esse mar me faz transpassar pelo planeta, pelo centro dele que é minha casa, a velha casa que não tenho e lembro que para não existir lugar comum preciso começar a mudar de cafeteira, de xícaras pois são com elas que acordo e me lanço ao não-lugar, ao diferente, ao outro lado do mar, ao outro lado da vida, ao lugar perfeito...duas xícaras...'

Cíntia Thomé
























foto:@CintiaThome 2012 Guaecá-sp — em Praia Guaecá-sp

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