"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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7 de jul. de 2011

Diálogo


Eu constantemente sinto saudade das coisas que perco,
mas não as quero de volta. Já doeu uma vez.




O sorriso convence, mas a lágrima transparente, invisível a todos ilude. No dilúvio da alma eu preciso encher mais o oceano para ver se dali esgota-se a dor e eu corra livre à praia do sol onde encontro vida, a minha, talvez 'aquela'.. .não em noites de igrejas fechadas e os fantasmas, que me fizeram doer, tomem conta da minha última gota d'água, a lágrima, que tenho que soltar gritando no prato de sofrimentos e que estanque e transborde pra sempre por ti e por mim para sermos livres..."!

DIÁLOGO

-A dor é a alma da pedra bruta Cintia. Vai estar sempre lá, pura, obsecada pelo brilho. Sem ela a gente é pele; uma sensação superficial.
É preciso conciliar nosso sofrimento com nosso amor pelo que fez doer. Assim, cada vez que você gritar, vai sobrar mais espaço dentro de ti para o amor.

- Difícil é Gritar, Há muito nem consigo falar, assistindo a tudo como uma árvore na paisagem...com força, mas branda. preciso derramar 'aquela' última lágrima





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Foto Cambuí-Campinas-SP domingo 2:00 h @autoriacintiathomé

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