"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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19 de mai. de 2011

não creio


Talvez na alvorada não esteja eu na morada e sim surrada como minhas vestes
e aquele pão que deixei sobre a mesa, talvez ainda dê tempo, sim esse tempo que resta, o tempo sem ratos talvez...e ainda poderei sentir o cheiro do forno, o trigo moço, brilhando inteiro como um dia vi mas deixei pra depois. Sim, sim depois, o tão longo depois que eu acreditava e agora não creio, pois nem antes os ratos suportaram...


















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