"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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5 de abr. de 2011

LUA


LUA


Lua
Reinventa a estrada clara a clarear
Reinventa a pista, a dança de nós dois
O lustre, cacos de espelho, chão estrelar
A cor rosa Lua, amanhecer nós dois
Reinventa Lua, quase nua
Atinja meu coração sozinho
Crístico pensamento, caminho
Lua, braços abertos, morra em mim
Permaneça assim, um beijo no ombro
Na frente dos rostos, um carinho
Nada mais, Lua brilha!
Lua rosa, lua azul
Lua negra dance em mim
Assim livre, assim acontecer
Livre, livre, a liberdade de ser
Antes e depois, única
Meu sorriso iluminado
Tudo ligado, desligado
Liga, liga... fio das vidas
Lua, lua, olha pra mim caída
Vem nua , vem, fica em mim
Negra assim na noite escorregue
Não mingua, lambe minha língua
Todas as línguas, vermelha minguas
Em mim, beijo em mim assim
No dia sem lua, mas cor assim
um sorriso iluminado
Lugar enluarado assim
Reinventado em mim, pra mim
Não negue,
Lua!

Cintia Thomé

31.03.2011





































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