"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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31 de mar. de 2011

Meu aniversário...


Rosa
Pra que te quero rosa?
Rosa
pra que te amo rosa?
Pra que me destes rosas
Se sou feita de carne
Se sou feita chorosa
Se sou feita
De tua água?
Se sou feita de bençãos
Se sou feita no outono
Das folhas do vento
Pra que me destes rosas
Se sou feita das esperas
Se sou feita de alegria contida?
Se sou feita de mágoa
Pra que rosa?
Se não há seu toque
Nem suas mãos?
Se sou feita do tempo
Pálida
Da sua ausência
Se sou feita
Como perfume de céu?




Cintia Thomé













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