"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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24 de fev. de 2011

Fios


Fios

Romper as linhas do destino
arrebentar colares como o mar
poderia ter vindo buscar-me
catando pérola nas conchas
Entre os fios de ouro
Dos clarões que borbulham
ao sol que derrete
A mim
Eu me arrebento,
esgoto-me nos limites
do universo
na areia sozinha


por que sua mão
é tão improvável?


Cintia Thomé






















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@Foto @Cíntia Thome - ' Cinzas fev2001guaecá

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