"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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26 de dez. de 2010

MEU QUARTO



ATO

um quarto, uma vida
navego mundo
sem folego
prensada
entre o teto e a cama
no caos de avenida
de mim mesma
na minha mão
uma pérola
um signo pequeno, nome.
mar de tantas ausências
a minha
sobrevivência
Agarrando-te


Cíntia Thomé

(24/25.12.2010)


















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