"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de ago. de 2010

SONHO E ESTRELAS


Toda noite repousa a tua asa
Sobre meus pensamentos
Abraça-me com consentimento
E há o lamento
Distancia não é mais desalento
Na noite, ao relento
Perto da minha cabeça de lua
Senta ao topo o que mais quero
Anjo ou amor foragido
Toda noite espero
Entre sonho e estrelas
Teu rosto comovido
Admirando minha face,
um orvalho até o amanhecer
onde a estrela matutina
dilui todo sentimento
de que fui teu esquecimento
nos meus lábios
repousa o contentamento



Cíntia Thomé










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