"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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10 de jul. de 2010

VERGONHA


VERGONHA



Não olhes para mim
Não há mais o vento
Ondulando a mata
Dos meus cabelos
Ritmo cantante

Do olhar das manhãs...
Verde, fresco, primeiro.

Dentro de mim:
As noites...
Em teus olhos, já caídos,
Estão no chão da Vergonha!
Cinzas do que foi coragem
Do que foi fogo de Amor
A verdade tua:
Já Morta!



Cíntia Thomé






Imagem: @ autoria Cíntia Thomé - 'O dia que você esteve aqui..." 2010 - Flickr

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