
A luz transpassa o azul marinho
Há um defloramento sem dor
Um estupro no pensar em amor
Uma mesmice de olhar pelas paredes
Escorrendo menstruadas as horas
Até amanhecer
Tudo debruçado na janela
Numa paisagem quieta, estranha
Ardendo-me silenciosa as entranhas
Esperas ressonantes
A um pássaro azul posar
Em joelhos implorar migalhas
A esse amor abandonado...'
(Cíntia Thomé)
Imagem: @Cíntia Thomé direitos autorais - Série 'Rita'.
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