"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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20 de mar. de 2010

ROUBADOS LOUROS




ROUBADOS LOUROS


Não há vencedor
Há sim perdedores
Ou predadores
Entre a floresta derrubada
Loureiros desfolham
Entre os caminhos de Daphne
Não há sombra, não há árvores
Mas as folhas perdem-se
Em tua coroa de Deus Olympo
Teus louros que não ganhaste
Em teu pensamento, a tua glória
a amada perdida, a escondida
Sem suas folhas, apenas flores
Ainda te clama, Amor predador
Correndo ao chão, à terra árida
Ao vento da memória
A raiz que brota... As ramas
Que não calam
Que ela ainda te ama... ama


Cíntia Thomé
















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