"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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29 de nov. de 2009

AZAR OU SORTE





AZAR OU SORTE (Cíntia Thomé)
Porque te encontrei?
Peguei-te na mão
Despetalar-te
Foi uma pureza
inocente jogo
Amar-te
Comer-te

Senti tua essência
Giravas aos meus ouvidos
Teu corpo desnudo
Uma fraqueza

Sem perfumes
Brilho falso
Nas mangas
cartas do teu azar
nos braços ,
suas mangas espinhos
Fugistes

Porque te encontrei?
Porque vieste a girar?
Uma desgastada roleta
da sorte
Girar-me sem panos,
Se eras
ainda tão fraco?


Cíntia Thoméjaneiro 2009













Imagem Cíntia Thomé

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