"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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22 de nov. de 2009

AQUELA PORTA




AQUELA PORTA (Cíntia Thomé)


Chaves vão ao chão
escorregam na desilusão
Escorrem estilhaços
Machucada porta
A chuva chora amiúde
lá fora, lá fora
a pureza perdeu-se
sem perdão
em desgraça, desgraça
sem graça
sem poder
de segurar o ranger
Trancar esse coração


Cíntia Thomé







Imagem Bruno Silva - Site Olhares - Divulgação

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