"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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30 de out. de 2009

ESTIO





Plantei uma rosa
no chao do coração
Com folhas embrutecidas
Mãos minhas secas
Áridas...
vida seca
Pelo tempo sem vestes
Sem coalho, leite
Até quando áspera
Areada estio
Não serei regada
Por esse amor hostil
Que tem água ?

Tem água
Só um grito
Um balde d’água
Berro d'água
Colírio
Na minha retina
perdida




cintia thomé













o/s/t artista Maria Luiza Bressan - Site Artistas Barcelona
- Apenas divulgação e ilustração.

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