"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de set. de 2009

UMA SEDE DE AMOR






UMA SEDE DE AMOR



Faltou-me tempo
Para ver a maré cheia
Sempre a procura do sustento
Aos filhos já distantes
Este oceano agora não tem nome
Não é morada
uma superfície de asfalto, areal
E eu desconheço a mim mesma
Asas cansadas, triste


Faltou-me tempo
De alimentar-me, de amar-me
Faltou-me tempo
À procura de um oceano
que fizesse doce a vida
Poderia ser um rio pequeno
Sem muita corrente, sem pressa
Uma gota parida
Mas que matasse a minha
Vontade de viver
Essa bonita
sede de Amor


Cintia Thomé


Imagem Mariah click www.olhares.com
















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