"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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14 de set. de 2009

ALMA







Feelings, feelings Feelings
Again in my arms
Feelings




Se eu pudesse
Arrancaria meus braços
Asas de passarinho
Cabeça
De Venus
Seios das madonas
Os olhos assustados
das cidades underground
Olhos de Daphne
Nas florestas
dos meus pensamentos
Meus absurdos

Moraria
na Lua
Casa com os ferros
Retorcidos das pombas de Plabo
cores de Mondrian
Na fachada uma casa ao ‘quadrado² ‘
Cubista, minimalista
Dada

Moraria Eu como Alma
Limpa sem carne
Sem lanças no peito
Sem tiros no pé
Um cabide a La Yves Saint Laurent
Desencarnada
desse descolorido mundo

Psique
Que ama só ama
Só é amor
Mas esperaria como a Louca
Com braços e mãos tremuras
Só com um coração na porta
Com laços rendados
Por ti
Que pertence tão distante
Tão longe
No universo Naïf
Se eu pudesse

cintia thome




















Vestido Mondrian de Yves Saint Laurent 1965



Meu Corpo envelhece
a procura de ti
Minha Alma
não!










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