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(Júlio Rodrigues Correia)
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(Júlio Rodrigues Correia)
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4 de jul. de 2009
A POESIA PáRA
A POESIA PÁRA
Cai o lápis
Fura o corpo do poeta
Esvazia-se o peito
A poesia pára
E o corpo em tiras
os versos
sobre a mesa
desfilando
plurais mentiras
E o sopro da agonia
em sinergia
alguém engolia
essa nuvem
fumaça
e sorria na janela
embaçada
desenhava
a presença
de quem
esperava
e
alcança
sem verso
poesia rara
e estala
um beijo
e mais
nada
Cíntia Thomé
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