"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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4 de jul. de 2009

FIO DA PRIMAVERA





FIO DA PRIMAVERA
Por Cintia Thomé

Transcende luz
Balanço
Ar de primavera
Margaridas
Envergam ao vento
No campo
De minh’alma
Inconstante deveras
Delinqüente...
Numa das pétalas
Brilha um fio
Quente
Um talo na boca
Copula...
Roça... cócegas
Orgasmo errante
Do descaso
Que foi
Por acaso
De um suspiro tanto
Ocaso
Ferida d’alma
Pranto


Cintia Thomé








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