"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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16 de mar. de 2009

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LIMITE
23/02/2009


Empurraram-me pra fora
Seguistes o caminho afora
Na velocidade
Sentastes na poeira lunática
E esperastes a volta
Carregado pelos cabelos
Forçado pela bipolaridade
Entre o bem e o mal
Era só o bem, eu sabia
Os limites sufocaram
A bondade em teu adeus,tua ida
Um boneco de pano, menino
Eras leve, fácil joguete
Uma bola, peteca, pateta
Um foguete azul
Estrela embaçada in vitro
No para brisa, um pingo
Um fogo de vela
Extinguiu-se aqui
O caminho é feroz
Chorei lá fora na demora
Entre as pedras do meu rosto
Que vertiam água nos trilhos
Um rio implacável, atroz
E o raio de Luz
Era a roda do tempo
Minguando nossa verdade
A rosa dos ventos
Perdida na saudade
Ainda tão
Veloz


cintia thomé











SOM DO OLHAR
23/02/2009


No olhar sou outra
No meu olhar és um pássaro
Nos olhos de folha voas
E aqui as folhas caem
Pranto
Ouça...

Cíntia Thomé


2008














PRIMEIRO AMOR
‘ tão intenso, meu primeiro amor
tão meu, tão meu, tão meu
fogo que flameja o coração
ardo, ardo de intenso amor
sou-me, sou-me, sou-me
em ti, completa
flor do meu primeiro amor
Primavera de mim, amante profeta
teu beijo, lamina-me aquele Inverno…
foi na tua folha que o amor me veio ‘

Autoria: NãoSouEuéaOutra



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.Imagem - Olhar de Cíntia(fragmento-detalhe) por A. Hernandez - Portugal - NãoSouEuéaOutra
Imagem - NãoSouEuéaOutra

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