16/12/2008
Continue a caminhar
Sou o vácuo entre seus pés
E suas podres havaianas
Sou o grão de areia final
Em seu bolso roto
Sou o esparadrapo de seus óculos
Desfocados, olho quebrado
Sou o anel perdido
De sua mão
Sou o som
de seus destros dedos
Na sua ladroagem
No dinheiro que contas
A sua navalha nos pulsos
O fio de cabelo no ombro,
um arame farpado
na sua camisa de força
Caminhe...
Sou fumaça, sua culpa
Dos seus solitários cigarros
Sou a carta inesperada que lambe
a fresta, o vão de sua porta
Sou a esquina dos seus olhos
Sua crueldade
Sou sua angustia
Que mata seu coração
A ratoeira
Que te come
Em
silêncio
.
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