"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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4 de jan. de 2009

.MORTO AMOR.

16/12/08

MORTO AMOR


Meus pés parecem botas
Caminho ao corredor
De todo fim
Nas mãos flores
psicodélicas que me deu
Teu beijo
Tua carne,
Mãos nas minhas
Na alcova, meu quarto
Tua promessa
Teu amor
Nosso beat
passado
Nosso futuro
Círio aceso
No meu apartamento
Sabor do presente
Perfura arromba
Coração, esse ponto final
Caio em terra, na sala
E percebo
Que ali fora, sem ar
Nas janelas do tempo
Ecoam nossos risos
Ah! Dor...

Estarás bem
Com todos
Minha herança
Uma erva daninha bonita
Aliso minhas gotas de velas
Rosto de cera,
minha eterna lágrima
Réquiem do sonho
Mármore sem nome
Mas
Jaz
Túmulo

cintia thome


















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