"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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8 de dez. de 2008

VITÓRIA





Estou indo embora
Encontrar a estrela
Dos escandalosos
Dos que tem hora
Dos que tem água
Dos que bebem
Que tem olhares dos campos
De meus mantos de sedução
Loucas vontades
De ter-me sem limites
No céu quente de bocas
Minha nuvem atrevida
Chuva de mim, frescores
Nas gargantas com sede
O grito do silêncio da dor
Que sei que podemos tanto
Romper o som desse amor
Do que buscamos tanto
E agora sem fim
No tom do sono da lua
Nas nuances das fitas do sol
De todas as manhãs no leito
Um caminho de paz de janela na terra
Crescendo sentidos do desejo
Agarrando paisagens do bem que te quis
Toda essa viagem em nossos corpos
No destino que já freme estrelas
A vitória
A Felicidade

Cíntia Thomé

r.preto,sp
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