"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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29 de abr. de 2008

MINHA FOME TUA FOME






Sei que és meu
Assim te encontrei
Tantas vezes, tantos séculos
Assim sei que és meu
Asas de minha casa
Tua pele é manto do meu corpo
Teu suor é meu cheiro de flor
És a delícia dos orvalhos
És mel do meu néctar
Anel de minha mão na tua boca
Sou fome da tua fome
Sou tua mulher
És meu homem
Doce e louco
Somos bárbaros
Assim sei que sou tua
Somos o Desejo
Sem fim
E começo


Cíntia Thomé


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