"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de set. de 2007

DIVINA HARMONIA



DIVINA HARMONIA


Assim eu quero
Sentir sua mão na minha
Sentados na soleira de uma porta aberta
Ao lado um pé de guiné
Corações tranqüilos
Olhando o sol invasor na mata
O vento uivando nesse coito de amor
Seremos vigias
Dentro de nós
Querendo essa divina harmonia
Sem agonia
Sem qualquer ira
Com voltas sem idas
Com a alma doida de tanto querer
De tanto amor por amor
Na soleira da porta aberta
Sentados
A minha mão na sua
Tendo certeza que sempre
Sempre serei tua
Seremos um
E o mundo...
Em divina comédia.

Cintia Thomé


1982

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