"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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5 de set. de 2007

AMOR NEON


Flutuarei como vento
Em tuas jovens folhas verdes
Lamberei as flores alucinadas
Que derramam perfume de teus poros
Debruçarei em quente delírio
Na fresca manhã de teu corpo
Buscarei a menina em tua tez macia
No teu olhar de quero mais
Meu homem, meu menino
Rasgarei tua pele com minha boca em cio
Sugarei o jovem néctar de ti
Tornar-me-ei criança com laços e fitas
Com pão doce e vinho da paixão
Colorido absurdo em meu tardio coração
Regarei com toques molhados a tua flor
Broto feijão trançando meu céu
Renascerei na dança de teu heavy-metal
Teus cabelos embaraçando-me em rock in roll
Corpos bramidos de desejo
Jogarei meu amor dançante
Com as mãos em castanholas
Como borboletas azuis espargindo no teu ar
Os polens prata da vida
Neste doido globo de luzes neon
No corpo mármore teu, forte viril
Corpo macio dos Deuses
Meu homem, meu menino
Entalho o meu querer... Tanto! Tanto!
Recriando a minha vontade de viver
A inocência dos meus anos, nos teus
Na tua dança maluca, que inebria... Vicia!
Faz-me loucamente feliz
E viver um grande amor
Raízes novas e fortes
Apenas rebrotando
Na esquina da vida
Apenas amar por amar
Que seja em neon absurdo...
Rock in roll e ao meu frenético vento.

Cintia Thomé.
02/09/2007

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