"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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31 de ago. de 2007

PREDADOR BABY?


PREDADOR BABY?

Baby, deixa estar
Baby, Baby
Você é predador
Eu predador?
Eu negro corvo, Baby
Você com fome
Eu também
Deixa estar Baby
Baby, Baby
Você no mar Baby
Eu no rochedo
Deixa estar
Baby, Baby
Teu galeão vazio
O meu não, Baby
Tenho fome,
Você também
Você não acredita Baby?
Eu acredito
Deixa estar
Baby, Baby
Você no deserto
Eu no céu
Você não tem peixe
Eu tenho Baby
Você predador?
Eu também Baby
Você está morto
Eu no deserto
Você no céu
Você deixou de estar Baby
Baby, Baby
Eu não
Baby, Baby


Cintia Thomé


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