"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





.

17 de set. de 2018

PÉROLA DO ANEL

PÉROLA DO ANEL


Moeda d’ouro
Um pedido ido
Molhado, aguado
Na encosta do rio,
Margeia mundo
A fonte, oceano
Areia e sal
Tantos anos
Pérola do anel
Caço, à espreita
Aprendiz
Vem sol, vêm luas
Alforria, ou presa,
Vai à ampulheta
Dos acasos, dos casos
Debulho
Fragmentos
Fios d’água
Marés, cascalhos, raiz
Angel fire
Leva na algibeira
Ladrão do mar
Rouba, voa
A mensageira
Pomba
Fire Bird...
Eu
Junto às cinzas
Ostra
Como tantas outras


Cintia Thomé 

1987 

Nenhum comentário: