"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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18 de jun. de 2012

TREM NEBULOSO





TREM NEBULOSO


no vidro
paisagem correndo
primeiros passos
o trem
no vem que não tem
no vento tem
rodas amassando
torturando pedras
pés estaticos
e faíscas de lamento
grito
de quem chega
ou quem vai
que vai, vai
como o vidro
olhar disforme
névoa, nebuloso

pra quem
não sabe
se chega
ou vai
inerte sentido
nos sentidos
trem vai que vem
tempo grita
para!

cintia thome

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