O artista plástico fluminense Ivald Granato inaugura nesta
terça-feira (8), a exposição Cor sim Cor Não, no James Lisboa Escritório de
Arte. A mostra reúne 38 pinturas sobre tela, papel e colagens produzidas entre
2011 e 2012.
A exposição é dividida em duas salas. Uma para colagens e
pinturas sobre papel, onde estão os trabalhos em que Granato usa jornais,
revistas e seus próprios desenhos rasgados na composição, e outra para as
pinturas em óleo e acrílica.
Ivald Granato começou a desenhar na adolescência sob
influência de pintores cubistas e em 1967 ingressou na escola de Belas Artes da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Artista polêmico e provocador, utilizou, além da pintura, a
performance como meio de expressão. O Urubu Eletrônico (Teatro Municipal e São
Paulo, 1976), Ciccilio Matarazzo em Mitos Vadios (Rua Augusta, São Paulo,
1978), Bandait (Centro SP Cultural São Paulo, 1982), Painting Performance
(Munique, 1984), Pasta Man (Basiléia, Suiça) e Painter and Model (Escola
Panamericana de Arte, 1991) foram algumas das inúmeras performances.
Recebeu vários prêmios, entre eles o de Melhor Ilustrador do
Ano, da Editora Abril, e o Prêmio aquisição na 1a Trienal de Osaka, Japão,
ambos em 1990, e o Prêmio Jabuti, de Melhor Capa de Livro – Processo de Criação
– Darlene Dalto – 1993. Granato realizou numerosas exposições individuais e
coletivas no Brasil, Estados Unidos, Japão, América Central e América do Sul,
das quais podemos destacar as seguintes: Bienal Internacional de São Paulo,
1979, 1981, 1985, 1989 e 1991; 1a Bienal de Havana, Cuba, 1984; 4a Bienal
Ibero-Americana de Arte, México, 1984; exposições no MuBE em 2004 e2005; no
MAC-SP; no Museu de Arte Contemporânea de Olinda; no Museu de Arte Moderna,
Salvador; My Name Is Not na Document-art Gallery, Buenos Aires, 2011;
Rambranato, em Cascais, Portugal; na Renato Rodyner Gallery, 2011; e na Bela
2012 – Biennial of Europian and Latin American Contemporary Art no Porto,
Portugal em maio de 2012.
Performático, Granato simplifica suas pinturas deitando o
esquema de cores celebrizado em Heads (1989) para produzir a presente série.
Nela, o campo visual é tomado por grandes pinceladas de cores saturadas
entremeadas por linhas igualmente marcantes e descontínuas. O grande conjunto de
colagens e pinturas sobre papel que abrem a mostra, essas de menor dimensão que
as pinturas da sala seguinte, ilustram parte do processo de criação do artista,
iconoclasta que rasga jornais, revistas e mesmo seus próprios desenhos para
recompor a massa em sínteses de grande apelo visual.
Outro aspecto de interesse na mostra é seu caráter
multifacetado, pois conta com a exibição de um site specific do artista Flávio
Rossi e a apresentação do curta-metragem ‘Parece que foi ontem’, registro de
performance de Granato feito por Ismael Oliveira
Divulgação
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