"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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9 de mai. de 2012

COR SIM COR NÃO IVALD GRANATO






O artista plástico fluminense Ivald Granato inaugura nesta terça-feira (8), a exposição Cor sim Cor Não, no James Lisboa Escritório de Arte. A mostra reúne 38 pinturas sobre tela, papel e colagens produzidas entre 2011 e 2012.

A exposição é dividida em duas salas. Uma para colagens e pinturas sobre papel, onde estão os trabalhos em que Granato usa jornais, revistas e seus próprios desenhos rasgados na composição, e outra para as pinturas em óleo e acrílica.

Ivald Granato começou a desenhar na adolescência sob influência de pintores cubistas e em 1967 ingressou na escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Artista polêmico e provocador, utilizou, além da pintura, a performance como meio de expressão. O Urubu Eletrônico (Teatro Municipal e São Paulo, 1976), Ciccilio Matarazzo em Mitos Vadios (Rua Augusta, São Paulo, 1978), Bandait (Centro SP Cultural São Paulo, 1982), Painting Performance (Munique, 1984), Pasta Man (Basiléia, Suiça) e Painter and Model (Escola Panamericana de Arte, 1991) foram algumas das inúmeras performances.

Recebeu vários prêmios, entre eles o de Melhor Ilustrador do Ano, da Editora Abril, e o Prêmio aquisição na 1a Trienal de Osaka, Japão, ambos em 1990, e o Prêmio Jabuti, de Melhor Capa de Livro – Processo de Criação – Darlene Dalto – 1993. Granato realizou numerosas exposições individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos, Japão, América Central e América do Sul, das quais podemos destacar as seguintes: Bienal Internacional de São Paulo, 1979, 1981, 1985, 1989 e 1991; 1a Bienal de Havana, Cuba, 1984; 4a Bienal Ibero-Americana de Arte, México, 1984; exposições no MuBE em 2004 e2005; no MAC-SP; no Museu de Arte Contemporânea de Olinda; no Museu de Arte Moderna, Salvador; My Name Is Not na Document-art Gallery, Buenos Aires, 2011; Rambranato, em Cascais, Portugal; na Renato Rodyner Gallery, 2011; e na Bela 2012 – Biennial of Europian and Latin American Contemporary Art no Porto, Portugal em maio de 2012.

Performático, Granato simplifica suas pinturas deitando o esquema de cores celebrizado em Heads (1989) para produzir a presente série. Nela, o campo visual é tomado por grandes pinceladas de cores saturadas entremeadas por linhas igualmente marcantes e descontínuas. O grande conjunto de colagens e pinturas sobre papel que abrem a mostra, essas de menor dimensão que as pinturas da sala seguinte, ilustram parte do processo de criação do artista, iconoclasta que rasga jornais, revistas e mesmo seus próprios desenhos para recompor a massa em sínteses de grande apelo visual.

Outro aspecto de interesse na mostra é seu caráter multifacetado, pois conta com a exibição de um site specific do artista Flávio Rossi e a apresentação do curta-metragem ‘Parece que foi ontem’, registro de performance de Granato feito por Ismael Oliveira




Divulgação

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