"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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20 de mai. de 2012

Oh! Arte! Oh! Palavra! Oh!










.foto a hernandez - world - portugal, lisboa




"A arte de se fazer pela vida afora criança, brincar de viver, brincar com as letras, com o risco, com as pinceladas, com a mão na massa. Moldar o barro, talhar a madeira, esculpir qualquer coisa, até o homem burro, em mármore e pedra dura, a cabeça dura. A Arte é de todos os Deuses, até a do valor hipócrita das cédulas marcadas com a chancela :Deus! Toda Arte é pre estabelecida por Deus, sabe lá que Deus(?), mas Deus! Pois não há Diabo que aguente na admiração a qualquer feito da Arte. Pode-se arrancar os dentes, quebrar os braços, devastar campos de flores, inundar a Terra. Tudo virará lama a ser esculpida...Reergue-se com a Arte. Reergue-se com a Palavra. Palavra decidida. Há de sobrar um dedo de uma escultura partida, um roto pano com cores, com todo o fogaréu dos Diabos, livros queimados ressurgirão! A Arte ficará! A natureza recria, reinventa e o homem tolo, o que tem alma, é da natureza.... E a cada olhar do Demônio para as palavras escritas e para a Arte , há de sucumbir sim o próprio Diabo. Exclamações : Oh! Arte! Oh! Palavra! Oh!
O ódio morre, mas a admiração ao Belo, nunca!...."


cintia thome









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