"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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10 de out. de 2011

CHOREI SIM


Eu choro sim, eu sei chorar.
Talvez você nunca tenha visto
Porque nunca viu quando a noite amanhece
Se não viu não me conhece e nem saiba disto
Talvez você saiba que senti muito a partida
Tantas partidas, que tenham sido duas.
Foram partidas parte-idas, doídas nuas.
De mim, coisa ruim que nem sei se aguento.
Engoli soluço
Fugistes de meu rosto
Do meu olhar, da minha palavra.
Gritei muito aqui dentro
Para ser um alento fiz de minha lavra
A indignação e indagação lavadas
Do teu ato e desacato a mim
Sim, sim chorei... E continuo assim
Tentando não mais morder
Esse meu olho que não para de arder




cintia thome



























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