"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de jul. de 2011

vidro ametista




por que haveria da querencia
de um vidro ametista
nos cabelos um parco enfeite
se não há na memoria uma doce vista
você na minha boa estória, real deleite
te amei não nego, mas seria algo cego
morrer sem causa, sem efeito
atropelar anos de vida
a não mais reconhecer-me
a colhedora de pedras
pedras de grande preciosidade
que me fazem forte e clara
toda a proteção , as divindades
teria que largar todas que iluminam
e a certeza de pobre sentir-me
talvez os dedos seriam comidos
por tantas ilusões sem feitos
com efeito, um desafeto
a dor do vidro sem luz
um defeito



cintia thome


















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