"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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25 de mai. de 2011

TRES ESTAÇÕES PASSADAS


no bordado
as rosas que cuidei
raízes molhadas

um verde de esperas
já foram três
três estações passadas
quase já anos tantos

por enquanto
do miolo
essências sobrevivem
do querer, do quero-te
ainda verde, verde...

tão próxima estação
não sei se nos dias
haverão flores, cores
pétalas e dores
tão somente pele
castanha rama
até fenecer
o que passei

a morte anunciada
um fio, uma seda rasgada
o desaparecer
de qualquer renascer...



cintia thome









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