"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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6 de dez. de 2010

DENTRO DE NÓS


DENTRO DE NÓS

Não chore não
E nem precisa vir me buscar
Estou com você
Num lugar tão comum
De maneira particular, particular
Em teu coração
Em meu coração
Em nosso mundo tão particular
Deixa estar
Tenho areia nos pés
Cavalos marinhos
Que me levam
A te beijar nas noites tão escuras
Escorrego nas dunas
De teu corpo
Cato cacos, conchas
E vejo que é a Estrela do mar
Carrego comigo
teu rosto o teu sorriso
Nesse mundo nosso
Tão particular tão particular

Não chore não
Sei que sempre vou te amar
Olhando o Céu e ver
A tua estrela
Brilhar pra mim
Nesse nosso mundo
De encontro
De chuvas que beijam a terra
e sóis que abençoam
Esse mar
O que temos dentro de nós
tão secular, tão milenar
Tão particular tão particular

Não chore não
Pois em qualquer lugar
Na rua, na chuva, na luz
em meus versos,em nossos reversos
Dentro de nós
Sabemos o que é tão singular
O que é Amar...

Por favor, não chore não
Um Amanhã que há de vir
Nesse fundo azul de amar
Bem fundo bem fundo cor de mar
Onde eu e você
Sabemos onde encontrar
Nesse nosso mundo
Tão particular tão particular
Onde existe tanto...
Tanto, tanto amar
Tão particular tão particular

Não chore não
Sempre vamos nos amar
Da maneira mais linda, linda...
Tão particular tão particular

Não chore não...

Cintia Thome



2007


@autoria Cíntia Thomé - Flickr - Guaecá, 11.2010