"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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31 de mai. de 2010

o óbvio e o absurdo


Tudo será óbvio
Tudo aquilo que almejamos
O todo tatuado em silencio
Tudo que ficou no talo, na garganta
O não declamado, declarado
Vá, não venhas, morra
Morra como eu, perdendo-se
nas cidades e suas janelas
Na saudade, verás quanto foi absurdo
O encontro de nossos olhos
O óbvio



cíntia thomé














Imagem: Google

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