"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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5 de abr. de 2010

espelho


Bem distante bem distante
No traço do arco íris
a íris da menina
Que ainda espelha tua cara
Esses olhos
em cores, muitas cores

Bem distante bem distante
Lá adiante eu posso
Rodeando a flor de pedra
Galgando entre os espinhos
Ir ao topo do sol ardente
explodindo crisálida
desse amor que não deu em nada
mas foi por tua cara
que arrebentou meu coração
fragmentos de espelho
e esse teu corpo tão distante
bem distante, bem distante
despedaçou-se
Em toda a minha lágrima
Lágrima...



Cíntia Thomé
2010




Imagem Greg V. apartamento-cobertura/Sampa




















Comentário delicado:

"...Uma borboleta que entra na mata de cimento e deixa suas cores em réstia de veludo. Amaciando a dureza! Embelezando o céu com seu voo delicado empregnando a natureza de vida e amor... Seu bater de asas solitária infesta de festa e alegria esse coração pulsante de amor..."





















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