"
(Júlio Rodrigues Correia)
.
(Júlio Rodrigues Correia)
.
13 de nov. de 2009
MEIO-DIA MEIO-EU
meio-dia meio-eu
Esqueci o verbo
Qualquer som da boca
Essa coisa que é coisa
Coisa humana oca
Pois humana é a coisa
E a humanidade é coisa
E meu natural é inverso
Entre os dentes dos meus olhos
Que escancaram alegria, torpor
Nos olhos d'água
No meus espelhos d'água
É o Mar...esse mar, água louca
Berra seus cânticos em ondas
e seus dentes são a espuma
Que bebo, engulo em águas redondas
Depura todos os erros
Cortam todos os espinhos
de meus pensamentos
meus gravetos
que construíam meus ninhos
Fico com coisa alguma
Não há lamento
pois a arte é essa
taciturna melodia
sem melancolia, pois arde...
arde, arde
ao sol do meio-dia
essa tamanha excelência
o meio-dia de mim
metade florescência
Benção
sem verbo
sem palavra
mas ar...assobio
que venha só ar
só
vento
Cíntia Thomé
.
Imagens: Cíntia Thomé
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário