"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





.

1 de jun. de 2009

descanso

06/04/09





Que ainda seja o último descanso
Com os olhos semicerrados
ainda verdes no pensar em ti
recordar árvores
suas folhas que caíram
a frente de suas mãos
Elas virão cobrir
seu corpo ardente
de espera vadia
Passarão por sua vida
Agasalharão
Corpo cansado
pelos anos
Sem certezas
Velarão secas frias
por sua alma
juntas aladas irão
Para um lugar
sem memórias
Que não existe

As arvores testemunhas
de um amor
seculares ficarão
e não haverão
uma pedinte mão
Nem mais uma sonhadora
acordada
nem esperas por ti





cintia thome


"Não sabemos os destinos das folhas, dos sonhos, das esperas...
a alma apenas que sabe...e talvez as árvores que nos deram sombra das vadias esperanças"







.OLHARES - DDIARTE - APENAS DIVULGAÇÃO

Nenhum comentário: