"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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14 de jun. de 2009

BALÃO DAS ILUSÕES


Menina, menininha
Sua inocente graça
Levaste o balão das ilusões
Castos sonhos
Entre o céu e o mar
A harmonia
Entre a chuva e o asfalto
A alegria de sonhar
de seus passos em desatino
soltaste sua voz
entre seus dentes
um cordão de seus desejos
e ensejos
Menina, menininha
De tanto olhar
Aos céus
Descuida e voa balão
arrebenta como coração
vai ao chão em plásticos
escorregam na desilusão
Escorrem estilhaços
A chuva chora amiúde
a pureza perde-se
sem perdão
em desgraça, desgraça
E sem graça
sem poder
segurar seu coração
Menina, menininha
Não vá
não vá
seguro sua mão




cintia thome















Imagem-divulgação do site e foto de Kurt Tutscheck

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