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(Júlio Rodrigues Correia)
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(Júlio Rodrigues Correia)
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21 de mai. de 2009
Negritude e Raia o Dia
Raia o dia
Ainda bruma
Aperto pedra
meu lençol
Já gasto e cansado
molhado
de tantas gotas
uma espuma
Raia o dia
Raia-me! Raia-me!
Não quero, não quero
Quero a escuridão
assim sinto
debaixo do cobertor
uma bolha
um café da manhã
na negritude
dentro de mim
que sonho agasalhada
pelo teu corpo
aquele abraço
um laço bem apertado
bem vindo
já tão derradeiro
Raia o dia
eu bruma
apertando
pedra
meus olhos
ainda
há espuma
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