"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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12 de mai. de 2009

FIO




FIO

Dançamos no fio da existência
No fio espiral
Na trilha da beleza dos astros
Expiação entre planetas
O motor nivelou por vezes
Encontros, toques
Falas, atração
União de almas claras
Coito e desejo pelos relógios
Correr era preciso nas horas
Na roda da vida plana
Acertos nas reticências
Para se ver estrelas
No jardim flor
Dedos juntos, ponteiros juntos
Semelhança de destinos anelados
Linhas perdidas, derretidos anéis
Longo caminho pela cama
Sinal era dado, partida dor
Perdemo-nos de vista
Permanece o fio condutor
Na próxima parada, paragem
Na janela vejo tua sombra
A minha espera
estação púrpura
Voltando à paisagem
Resplandece a glória
Agarrando-nos no túnel
A luz dourada nosso futuro
Elos no horizonte, um sol
Correr não será preciso




cintia thome

AO MEU AMOR...



com a dor do ontem construo meu palco...
E me desfaço nos fatos
E num descuido banal
uma lágrima no rosto
E aí vem a tal da saudade...













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