"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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15 de mai. de 2009

FARFALLA



Nas águas, temperas azuis
Aos olhos da lua cheia
Dos amantes
Fui aos picos horizontes
Lembrando das passagens
Trepidas ou de valsas
Das noites da metaformose
O sangue derramado
Tua força
Eu, mulher
Osmose
Você em silêncio
e a tristeza desse amor
adeus calado
vinho
na mesa
Nasceram asas
Farfalla turquesa
E não pude mais
Parar, pousar sem asas
Sem saias valsar
Em você


Não posso
chorar
só voar
Bem longe






Atibaia, 08/05/2009









































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