"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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4 de dez. de 2008

ODE DO FIM



estou aqui

ODE DO FIM (CLIK)

Construo nossa Ode
Um filete de seiva
Caindo, sucumbindo
Caule ainda que forte
No sotão das
Lembranças
Talvez a última gota
Da Saga
Da bailarina
Slowmotion
diante daquele
sem tesão,
sem direção
Que não dança
Rosa dos Ventos mexicanos
Diva noir, na Route 66
Sem pés nos olhos
Perdi o caminho nas antíteses
Prometida terra, a América
Transporta aquele brilho
Luz para o peito
Queimam fósforos metades
Nos fenos enrolados
D’Alma, nas veias
No peito derrete
O Lírio
E a Rosa
Desligam-se dedos
Xícaras e copos
The fire angels
Por nada, sem nada
Tilintam, trincam
escuridão
De desacertos
Acertos
Calados, sem ruídos
Agora
Limbo vivo

A frágil foge
Andarilha
Some, apaga
Como
Perfume de Céu
E com chips
Subcutâneos
Easy Rider
Morre

Cíntia Thome




*** Easy Rider=cavaleiro fácil, ou de caminho fácil...

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