"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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18 de nov. de 2010

FUGAZ


FUGAZ

O que procuro na noite
Que parece nunca finda
Seria a minha flor em tua mão
Assim atrevida, assim delicada
Que fique eu despetalada
Como a primeira vez de teu olhar
Assim tão vermelha
Como a minha face ruborizada
Teus mil beijos
Assim tão eu devassa
um amanhecer
Que abraça
A lua que míngua
Derretendo fugaz
o sonho
assim tão cega
desaparecendo

Cíntia Thomé



















Imagem @ Cíntia Thomé

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