"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de out. de 2010

ABRAÇO



ABRAÇO



Ah alento, que alento
Que alimento esse sentimento
Porque fostes? Porque fostes?
Correndo, correndo
Às gargalhadas ao sol daquele momento
Entre as acácias e chorões
Ah que alento, que alento
A lembrança do abraço
Do vai e vem de teus braços
Brinca, brinca
Ria, ria e aquele abraço
Dentro da minha lembrança
nada mais é tão bonito
Do que aquele jardim
Meu paraíso de mãe
de uma rosa desabrochando
Um beija-flor beijoqueiro
Porque não? Porque não?
Te ver assim olhando
O céu azulado, a ciranda de estrelas
e rias apontando ser uma delas
Qual seria? Qual seria?
E rias, rias
Ah alento, que alento
Sem lamento, mas contentamento
ser ponta estelar de uma delas
Porque há o dedo, há o dedo
A tocar o meu sorrindo
Com todo amor
Com todo amor
Sempre correndo


Cíntia Thomé















Mother and Child - Sculptor: Tessa Hawkes

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