"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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24 de set. de 2010

VERTIGEM DE TI




VERTIGEM DE TI


Vou nas Vertigens dos dias,
colada e cega às Saias.
Esqueço-me lembrando dos teus lábios,
em especial o canto deles.
Viro fantasma quando a vontade de te beijar é soberana.
Mas tu não sabes que existo em sentimento por ti.
Existem Vaginas à solta na sepultura deste coração,
cuja forma é de Ouro e suas veias de Prata.
Toda Eu Sou Tua, na devassa imensidão desse mundo
que não cabe na palma da mão.
Vou colada à Memória das Rosas, dos aromas do Ser Infinito.
Tu, tu não sabes que existo em sentimento por ti,
e tu cabes na palma da minha mão.
Deixa-me abocanhar-te quando de ti me aproximar na próxima encarnação
e pela Vertigem da força fazerei todo o Amor possível,
lambendo-te à exaustão do sublime.








NãoSouEuéaOutra





Foto:@autoria Cíntia Thomé

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