"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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6 de mai. de 2011

MÃE


MÃE


Não há o que dizer do meio
Dos caminhos do olho maior
Da Mãe, cuidado
E sim do início, sempiterno
O nascer da vida
A carne da carne
A continuação da existência
Terra, pele, chão
A palavra alva e delicada
Exalta a alegria no próprio seio
primeiro beijo do filho
Nos bicos dos seios
O afago, o êxtase, a paz
Fortifica o ventre e a boca
Espasmos de coração a coração
Ligare profundo
A raiz, a rama viçosa
O broto, rebrotar a palavra segura
O incondicional em sublimação
Mãos cheias invisíveis
ao olhar alheio, mas sentido
Sentimento, amor
Transmuta cálida
O sempre cheiro
Perfume sem fim
Mãe


Cíntia Thomé


Music: Mysteries of Love


Sometimes
A wind blows
And you and I
Float
In love
And kiss forever
In a darkness
And the mysteries of love
Come clear
And dance
In light
In you
In me
And show
That we
Are Love


Mistérios do Amor

Às vezes
Um vento sopra
você e eu
Flutuamos
No amor
beijamo-nos para sempre
Em uma escuridão

E os mistérios do amor
Vem clarear
a dança
À luz
Em você
Em mim
E mostram
Que nós
somos Amor









Imagem: tela de Gustav Klimt - Mãe e Filho
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