"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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5 de fev. de 2011

amanhecer e entardecer de um rio...


(ARPOADOR)
'amanhecer e entardecer de um rio'

no amanhecer desse mar
de buscas nas calçadas
onde pisei menina
no chá mate
na tão azul piscina
nas ondas do Arpoador
nada era tão quente, tão calor
entre flowers and peace
no tom , nara e chico
a maresia das tardes
na alegria de rir, um ser feliz

onde foi seu bronzeado?
talvez esteja dentro da noite
no barulho desse mar
ou em algum bar
nos sonhos em ondas
que não posso ter mais
pois não há flowers and peace
assim triste me faz, tão desolada

onde estará você nas insanas buscas
me diz, diz pra mim
assim eu possa descalça andar
caminhar, caminhar
e não me sentir tão pequena
como a minha velha Ipanema
que roda agora diante das lágrimas
salgando a esperança
dessa maravilhosa cidade
que me faz ainda bem
sem te ver assim, meu bem

diz pra mim onde acertei
onde eu errei e vou te buscar
diga agora aqui tão perto de mim...
como estou agora assim
no entardecer desse mar
tendo tanta pena de mim
e porque não
ter pena de nós dois?

o Arpoador já dizia
que é dor
mas não saudade
tão presente nas pedras
aos meus pés
as lágrimas
do ontem de nós dois


@cíntia thomé

2011











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