"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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18 de jan. de 2011

PROCURA-SE




Atravessa o luar
Toca o abajur um retrato tão anonimo
Desconhecido esse amor bandido
Atração da caça
Traição foi o crime
Cruel na manchete de minha face
Escorre um vil latrocínio
Cuore a cuore
Inibido na faixa negra do olho
tão vagabundo, cafajeste
Um cão perdido
Roubou vida, horas, dias
Algo oculto, morto ou vivo
Deixo aos pés um número
E arrebatada ainda conjugo
Verbalizo
e procuro


cintia thome









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